Canção de Beber
Do senso comum, emana a ideia de que “se bebe para comemorar ou para esquecer”.
Da vida de cidadão, infelizmente, nos tempos correntes nada tenho para comemorar. E esquecer é coisa que este governo não me deixa, seja através das notícias que leio, ouço e vejo, seja ao observar, no final de cada mês, o processo de roubo contínuo a que eu e milhões estamos submetidos. Aguenta!, diz a cabotino do banqueiro.
Ao escutar Verdi, mesmo na ‘Canção de Beber’, a coisa muda de figura. A música, a boa música, dizima tudo o que de feio, porco e mau se passa à nossa volta. Pelo menos, nos instantes em que a saboreamos… a menos que, de súbito, salte um coelho da cartola, armado em barítono a cantar em falsete. Mas, neste espaço, em que por enquanto mando, não o deixo entrar e então… ouçamos Verdi.
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