A nomeação de Secretários de Estado, à semelhança do algodão, não engana. Os militantes do 'aparelho' têm de ser compensados. No PSD, como em outros partidos.
Com Teresa Morais e Marco António Costa, o XIX Governo ficará fortalecido, defenderão os laranjas.
Na tradicional filantropia portuguesa, do perú de Natal ofertado ao senhor doutor à distribuição de cargos políticos, é regra incontornável impor a retribuição, de qualquer espécie, como reconhecimento pelos serviços prestados. Neste caso, na refrega eleitoral. Se são capazes ou não, é secundário.
Somos um povo de brandos costumes e de perene paternalismo. Como isto não bastasse, somos estigmatizados pelo princípio de que 'não há almoços grátis'. Se a escolha de alguns ministros é merecedora de, pelo menos, haver o benefício da dúvida, a selecção de boa parte dos Secretários de Estado demonstra ser mais clara: são meras nomeações políticas, feitas sem critério de exigência e capacidade para os lugares que lhes foram atribuídos. Os nomes de Teresa de Morais e Marco António Costa são bem elucidativos.
Talvez que a 'cooperação activa' do PR e a 'cooperação positiva' de Barroso os ajudem a desembaraçar das incumbências governativas. Talvez, sublinho. A probabilidade de dar certo é baixa. O País e a crise mereceriam soluções mais rigorosas.
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