terça-feira, 21 de junho de 2011

Presidência da AR e 'A Bela e O Monstro'






Os deputados portugueses, em larga maioria, revelaram notável bom senso, ao eleger Assunção Esteves para presidir à Assembleia da República. Pela primeira vez em Portugal, é atribuída a uma mulher a presidência do parlamento. É um facto histórico.
A despeito do meu distanciamento do PSD, ou até por causa disso, não me dispenso de realçar que não estamos perante uma mulher qualquer. Assunção Esteves, superando a maioria de gente dos dois géneros, possui uma incomum dimensão intelectual e cultural.
Mulher de saberes múltiplos,  culta e de pensamento democrático funciona de mente aberta. Tem a capacidade de reflectir e debater sem preconceitos e sectarismos diante de quem se pactue por ideias, convicções e visões diferentes. Do que mais relevante faz movimentar o mundo e a sociedade. A credibilidade e a certeza do respeito pela pluralidade valeram-lhe as felicitações e elogios de todas as bancadas. Com fortes aplausos multi-coloridos.
Ao comparar o que hoje se passou no parlamento com os tristes episódios de ontem, à volta de Fernando Nobre, fui impelido para, a título de metáfora, citar o conto infantil de 'A Bela e o Monstro'. Uma vez que Pedro Passos Coelho ainda está na infância da carreira de primeiro-ministro, será recomendável que extraia conclusões de como, por sua responsabilidade, a eleição da presidência da AR começou e findou. E que o sucedido seja lição exemplar, a fim de evitar outras histórias que não honram um político.
Parabéns a Assunção Esteves! Creio que as minhas expectativas não serão defraudadas.

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