segunda-feira, 20 de junho de 2011

Passos Coelho e Nobre, dois derrotados

À segunda tentaviva, Fernando Nobre falhou a eleição para Presidente da Assembleia da República (recebeu apenas 105 votos, contra os 106 da primeira votação).
Do desfecho eleitoral desta tarde, Passos Coelho e Nobre saiem derrotados; é sobretudo frustrante para o líder do PSD que teimou para além do tolerável, sem qualquer justificação. António Capucho, ex-presidente da Câmara Municipal de Cascais e ainda Conselheiro do Estado, aconselhou publicamente que Coelho deixasse cair a aposta no homem do AMI. E Capucho sabe de quem fala.
Às vicissitudes menos felizes da nossa democracia, acrescenta-se este capítulo obscuro e algo ignominioso. Bastaria que Fernando Nobre tivesse a dignidade de desistir, quando foi vencido à 1.ª vez. Mas não. Necessitou de uma segunda e rotunda derrota, para retirar a candidatura dizer-se disponível para o exercício do cargo de deputado.
Fernando Nobre é um homem invertebrado, moldável aos interesses de que se alimenta.. Tenho esta opinião há muito tempo; razão por que não me canso de repetir desde Janeiro deste ano o que penso e sei acerca da putativa figura do médico; nomeadamente o que sintetizei neste 'post'.
Pena é que, em plena campanha eleitoral, a comunicação social não tenha esclarecido quem é Fernando Nobre e o que é a AMI; uma fundação, diga-se, que sob a tutela do clã 'Nobre' vive de dinheiros públicos, da Segurança Social a câmaras municipais. Para bem da ética e da reabilitação dos políticos aos olhos dos portugueses, investigue-se. Em vez das amizades e simpatias pessoais, há que cuidar seriamente do interesse nacional.



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