O Senhor Ministro da Economia e do Emprego, que disse às TV's preferir que o tratem por Álvaro, segundo o jornal "i" afirmou: "Todos sabemos que vêm aí tempos difíceis". Saber, saber, já sabíamos, oh Sr.Ministro ou Sr. Álvaro, como preferir. Não é novidade.
Há, porém, uma diferença de consideração temporal. Os tempos difíceis não vêm aí. Já cá estão e perto de dois milhões de portugueses já o sentem e de que maneira. Vão é complicar-se ainda mais.
A sua dissonância com o País real é compreensível. Tem andado lá pela Grã-Bretanha e Canadá e, nessas academias, não acredito que se estude aprofundadamente a crise de Portugal. Um país de 10,5 milhões de residentes, que desde 1985, destruíu grande parcela do tecido económico - indústria, agricultura e as pescas. Há, porém, uma diferença de consideração temporal. Os tempos difíceis não vêm aí. Já cá estão e perto de dois milhões de portugueses já o sentem e de que maneira. Vão é complicar-se ainda mais.
O Sr. Ministro ou Sr. Álvaro, sempre a seu gosto, afirmou também que "Se não acreditasse no sucesso português não teria voltado do Canadá...". Há nesta afirmação alguma sobranceria: "Vejam lá que vou abandonar a minha cátedra no Canadá para, naquele mini-rectângulo, valer aos desvalidos portuguesinhos." Olhe que não é bem assim Sr. Ministro ou Sr. Álvaro, à sua opção, mesmo a nível académico existe por aqui gente muito competente e mundialmente reconhecida. E de lá de fora têm-nos chegado notícias continuadas de plágios em doutoramentos. Leia, por exemplo, 'Coisas que eu não percebo no Parlamento Europeu', escrito por Palmira F. Silva no 'Jugular'.
Adenda: Há um enorme exército de académicos, políticos, críticos. comentaristas e teóricos que, ainda, não perceberam que mesmo um pequeno País, financeiramente desequilibrado, integrado em moeda única e no sistema financeiro internacional, é uma ameaça para a estabilidade mundial deste. É o caso da Grécia e Bernanke do FED norte-americano já o entendeu há muito e bem.
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