Manifestações em Madrid na noite de 6.ª feira, 13
Segundo a imprensa espanhola, e com destaque para Madrid, em várias cidades registaram-se manifestações de milhares de cidadãos, a despeito da violência das forças policiais. As sedes do PP e do PSOE e as ‘Portas do Sol’ na capital foram os principais locais-alvo para manifestar a contestação das medidas do governo de Rajoy.
Há um número indeterminado de feridos e detidos. Os espanhóis, diga-se, e a História o comprova, são decididos na acção e reduzem a retórica à mínima expressão.
Portanto, a Espanha não é Portugal. A despeito da diferença, e porque cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém, o contabilista bancário Paulo Macedo já cedeu alguma coisa perante os sindicatos dos médicos. As contratações à hora continuarão, mas de forma mais limitada e justificada pelo estritamente necessário.
Espera-se que o ministro cumpra a palavra, mas nunca deverá deixar de acreditar-se que, sem formas de luta colectiva eficazes, os trabalhadores e desempregados portugueses, e os cidadãos em geral, atingirão o objectivo de demover o governo de os submeter ao pesado programa anti-social que impende sobre o trabalho e ignora o capital. Como, aliás, acentuou o presidente do TC, juiz Moura Ramos.
A violência não é desejável, mas o risco da mesma vir a eclodir, em Portugal, existe. Apesar de sermos um povo de brandos costumes. Em Espanha, o ambiente social já é suficientemente escaldante; e até as lutas do povo grego, feita a comparação, parecem menos do que banais.
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