Grande parte do espaço da 1.ª página do ‘Público’ de hoje é dedicado a homens do PSD.
O grande destaque vai para Miguel Relvas, mas Macário Correia foi alvo de perda de mandato por decisão do Supremo Tribunal Administrativo. De Macário, deixo apenas a notícia.
A Universidade Lusófona, para beneficiar Relvas, valeu-se do Decreto-Lei n.º 74/2006, o qual, ao invocar a Lei n.º 49/2005 de 30 de Agosto, diz:
[..]A criação de condições para que todos os cidadãos
possam ter acesso à aprendizagem ao longo da
vida, modificando as condições de acesso ao
ensino superior para os que nele não ingressaram
na idade de referência, atribuindo aos estabelecimentos
de ensino superior a responsabilidade
pela sua selecção e criando condições para o
reconhecimento da experiência profissional; […]
Esta das “condições para o reconhecimento da experiência profissional” é mesmo uma camisinha feita à medida de amigos; se então forem políticos, não fazem mesmo rugas no peito, nem pregas no colarinho. Como dizia o velho ‘slogan’ da Camisaria Moderna, no Rossio.
Com este episódio, Relvas conseguiu mesmo bater o processo de “licenciatura” de Sócrates. Este, ao menos, ainda era bacharel em engenharia por Coimbra. Relvas tinha apenas completado uma disciplina de Direito, quando entrou na Autónoma.
O DL 74/2006 foi concebido pelo ministério de Mariano Gago. Teve um dia mau, com certeza. Até é um homem de inteligência e cultura comprovadas.
Também o é o actual ministro Crato, mas deste gostaria de saber o que pensa deste caso e de medidas para que, de futuro, não haja novas réplicas.
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