João Carvalho, funcionário do CDS, envolvido no caso ‘Portucale’ foi nomeado adjunto da subsecretária de Estado dos Negócios Estrangeiros, Vânia Dias.
Trata-se de óbvia nomeação partidária que o imberbe João Almeida se apressou a classificar de ‘nomeação do governo’. As garotices do Almeida são triviais e às vezes prejudicam – o meu clube, Belenenses, foi vítima da irresponsável criatura.
Todavia, e mandando por ora o Almeida às urtigas, podemos reflectir: ou a nomeação do Carvalho é um acto de má-fé ou o Manifesto Eleitoral do CDS-PP de 2011 é uma pantominice ao declarar:
[…] um dos pontos-chave é a reforma do Estado, que "só se pode fazer com independência face ao clientelismo". "O Estado não pode continuar a ser colonizado e é urgente a instituição de uma cultura de mérito e de transparência" […]
O Diário da República ao citar expressamente a origem partidária do nomeado avoluma a contradição.
Para certos geómetras da política, tratou-se de uma operação elementar, longitudinal e paralela ao Tejo: o deslocamento do Carvalho do Caldas para as Necessidades.
O homem terá, portanto, novo local para fazer as necessidades e certamente não receberá apenas € 3,96 / hora como os enfermeiros contratados via MediSearch pelo Ministério da Saúde.
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