Michel Platini, ex-jogador de futebol e actual presidente da UEFA, é um visionário raro.
Já que a Europa se tem revelado impotente em matéria de coesão de políticas económicas, sociais e monetárias, o futebol pode compensar a desarmonia.
Reveste-se, pois, de consistência a ambição de Platini fazer disputar o ‘Euro de 2020’ em 12 ou 13 cidades europeias – eu diria 12, porque 13 é número de mau agouro, conquanto não seja supersticioso; além do mais, a sabedoria popular diz que sê-lo dá azar.
A concretizar-se, será o campeonato mais itinerante realizado na Europa. Exemplos: hoje uma selecção actuaria em Braga, amanhã na polaca cidade de Gdansk; a equipa que se exiba numa jornada em Valência, passado dois dias jogará em Dortmund e assim por aí fora.
Qual será o país campeão? O que obtiver mais pontos nos jogos disputados, adicionados dos pontos atribuídos pelas linhas aéreas em função das milhas aéreas voadas.
Teríamos, portanto, um singular campeonato terrestre e aéreo. Originalidade susceptível de grande sucesso. A desconstrução do ‘euro’, se a ideia vencer, ficará compensada pela coesão da prova do pontapé na bola, do Atlântico ao Urais. Platini é, efectivamente, genial.
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