Pormenores, aparentemente fúteis,
contribuem para demonstrar a falta de sintonia dos membros do governo de Coelho
e Portas.
Um dia vem a ministra das
finanças anunciar, de forma imprecisa, que, para efeitos de poupança dos 1.400
milhões em 2015, se contariam com novas receitas, entre as quais:
A clarificar as ideias da ministra,
surgiu de imediato o secretário adjunto do ministro da saúde, que é médico
hematologista, a declarar:
Para finalizar a história, vem o
ex-quadro cervejeiro Pires com o ar de ofendido, a inculpar não se sabe quem, talvez
os jornalistas, com uma frase categórica:
No desaparecido ‘Parque Mayer’, e
com os talentosos autores, actrizes e actores da ‘revista à portuguesa’
entretanto desparecidos, estes governantes de ocasião proporcionariam argumento
para um ‘sketch’ de causar risos a um
teatro inteiro.
Burlesca, esta história contém,
de facto, as personagens ajustadas à comédia de ‘vaudeville’: uma ministra das finanças que é uma espécie de Dr. Salazar,
em versão loura e actual, que tanto decide sobre matérias da pasta da Saúde
como de Segurança Social – o Mota Soares nem pia, o que, diga-se, também convém
ao CDS-PP. Depois temos um hematologista e um ex-cervejeiro e, quando há álcool
no sangue, a alcoolémia vence. Figuras caricatas… só se lastima que nos façam
sofrer.
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