A
Ministra das Finanças, em acesa disputa com o ‘Paulinho dos Emiratos’, empenha-se
a fundo no campeonato dos governantes que mais viajam – em compensação,
diga-se, o MNE, o viajante supostamente mais assíduo pela natureza do cargo,
fica-se pelas ‘Necessidades’… necessidades impostas por funcionamento
intestinal ou das vias urinárias; incontinências que o convertem em turista
contido, pronto!
Miss Albuquerque vai a Londres avistar-se
com investidores, na sequência de diligências de Moreira Rato do IGCP. O
objectivo é lançar novos empréstimos. Quer dizer, ordenou ao funcionário Rato que
desbravasse caminho para o País continuar a avançar na dívida e sairmos demagogicamente
limpos do ‘programa da troika’.
Agora na ‘city londrina’ surgirá
ela, amanuense transformada em ministra de ocasião, de ar resplandecente para apor
assinatura e chancela nos contratos com os leiloeiros – o
presidente do IGCP já havia anunciado que a nova dívida seria objecto de leilão
ou leilões.
Conclusão: afinal a estratégia
deste governo não era solucionar a situação de bancarrota do anterior. Esticam
e não estancam a dívida.
Segundo imagino, atendendo a que
os juros estão em baixa, pensam que o melhor é continuarmos a endividar-nos – em
Setembro próximo com a SEC10 que Bruxelas impõe vai haver um salto tão elevado,
que é de temer a queda.
No entanto, voltando às viagens,
diga-se que ir a Londres é curto. O turismo financeiro é muito exigente. E Miss
Albuquerque de seguida vai até Washington para a reunião da Primavera do FMI e
do Banco Mundial. São as jornadas floridas do capitalismo mundial. Será um
cheirete a fertilizante orgânico difícil de suportar – é muita matéria orgânica
junta.
Provavelmente Albuquerque encontrará Gaspar e – quem sabe?!
– daqui a uns tempos o 1.º elemento da ‘troika’, jamais o 4.º, meterá uma cunha
à Lagarde e lá vai a sua sucessora integrar os quadros do FMI. No pior pano,
cai a nódoa.
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