A História das Sociedades Humanas está pejada de exemplos em que, de forma voluntária e independente de partidos e movimentos institucionais ou orgânicos, o povo se agitou e agigantou em lutas bem sucedidas, para derrubar governos, regimes e eliminar formas de organização de opressão política, económica e social.
O País, depois de mais de três décadas de poderes exercidos por corruptos, ineptos e insensíveis a direitos sociais, muitas das ocasiões em desrespeito pela própria CRP, o País, dizia, vive uma das épocas mais duras e complexas da história recente.
Vexado por organismos internacionais espúrios, FMI e UE à cabeça, tendo em risco, também por culpa própria, a soberania e a capacidade de protecção de interesses nacionais estratégicos, chegou a hora de gritar BASTA!
Todavia, limitar a manifestação ao grito, embora legítimo, é necessário mas não suficiente. Há sempre objectivos na vida e o desafio que hoje impende sobre o povo português é transformar em fortes as mais fracas das forças e lutar até conseguir que a ‘troika’ se lixe mesmo e recuperar as nossas vidas – dignas, justas e socialmente respeitadas.
O poder que nos governa, de Coelho e Portas, excede, no pior, tudo quanto de mau já vivemos em democracia. E, às mãos de impudentes figuras multicoloridas, temos a experiência de quotidianos e crescentes sofrimentos que se derramam da pobreza à miséria.
Se não actuarmos e não obtivermos o efectivo apoio de quem nos é essencial, Portugal, como a Grécia e Espanha, contrairá por décadas uma endemia socioeconómica que, desgraçadamente, será a penosa e demorada herança das gerações futuras. A vida deles também está em causa.
Militares, médicos, enfermeiros, pedreiros, pintores, serralheiros, mecânicos, empregados do comércio, administrativos, trabalhadores e reformados da função pública, pensionistas do sector privado, desempregados, precários, enfim todos, mesmo todos, como expressão autêntica e legítima de um povo, devemos sair à rua. Em força no protesto e na persistência na obtenção de resultados.
Diz o jornal, o povo esta tarde sairá em massa à rua. Oxalá! Mas, será necessário prosseguir a luta.
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