Alberto da Ponte é o género de homem que, na vida empresarial e em outras, se distingue pela vaidade, pela enorme capacidade de se vender como portador de insuperáveis atributos profissionais. Carreirista encartado, é a figura certa para fazer parelha com esse outro espécimen da política de alto descaramento, chamado Relvas.
Não surpreende, pois, as relações de amizade entre as duas distintas personalidades – sim, também há quem se distinga pela negativa – e a escolha de Alberto da Ponte para presidir à administração da RTP.
Ponte, que já navegou pela Lever, Central de Cervejas e ultimamente Heineken, transitou assim de cliente para fornecedor de ‘meios’, nomeadamente aos seus anteriores empregadores. Aqui não há mal nenhum, excepto se ex-concorrente Pires de Lima afinar e recusar a publicidade da ‘Super Bock’ na RTP.
O risco, e embora a nomeação de Alberto da Ponte não tenha sido anunciada por Miguel Relvas, é a tal transacção que se prepara para a privatização/concessão do serviço público de Rádio e Televisão – um pormenor, como diz Relvas.
Estão a imaginar Alberto da Ponte, António Borges e Miguel Relvas a preparar e a discutir o assunto, não estão? Veremos o que sairá da escatológica conjugação do sinistro trio.
(Adenda: Não estava a entender por que razão o 'link' feito acima saía para o erro 404. Já entendo a nomeação de Alberto da Ponte para a presidência da RTP tem de ser feita em assembleia-geral, como a Lei exige. Incompetentes, não sabiam e agora vieram emendar a grosseira asneira - mais uma para o riquíssimo curriculum de Relvas e homens do seu gabinete)
(Adenda: Não estava a entender por que razão o 'link' feito acima saía para o erro 404. Já entendo a nomeação de Alberto da Ponte para a presidência da RTP tem de ser feita em assembleia-geral, como a Lei exige. Incompetentes, não sabiam e agora vieram emendar a grosseira asneira - mais uma para o riquíssimo curriculum de Relvas e homens do seu gabinete)
Sem comentários:
Enviar um comentário