No último fim-de-semana, a opinião pública foi bombardeada, em sucessivos ataques, com o discurso de Passos Coelho aos ‘jotinhas’.
Os disparos partiram de um homenzinho, hoje PM, que começou a trabalhar entre os 35 e os 40 anos. Antes andou a passear-se por cargos públicos dos quais Portugal e portugueses não obtiveram o mínimo proveito, embora, através de impostos e outros encargos de contribuintes, tivessem suportado os custos públicos de quem, habilmente, soube inscrever-se no JSD e atingir a presidência da organização dos jovens ‘laranjas’. Sem qualquer realização, mérito ou satisfação do interesse colectivo. Apenas tratou da sua vidinha.
Mentindo, iludindo, prometendo e não cumprido, ascendeu ao poder para dar continuidade à saga dos políticos preparados nas ‘jotas’ para iludir os cidadãos (mesmo uma ingénua jovem estudante do Forte da Casa, Póvoa de Santa Iria). O malabarista Relvas foi um preciosa alavanca.
O neoliberalismo, como outra ideologia política, tem regras. Precisa de homens socialmente insensíveis, gestores e governantes de números, em absoluto desprezo pelos cidadãos. Vítor Gaspar é um dos mestres na matéria a que PPC recorreu – o Moedas, sem entender, porque sim ou porque não, lá está para o acompanhar. Como esteve com o rubicundo e desbragado Catroga.
No Parlamento, e na caminhada compassada em direcção ao BCE, FMI ou instituição do género, Gaspar considerou:
A recessão económica, o galopante desemprego e impacto deste nas receitas e encargos sociais, a somar à colossal quebra de receitas fiscais e agravamento do défice público que o próprio Gaspar projectou para 2012, enfim… nada disto é relevante.
Todavia, dos últimos discursos de Coelho e Gaspar, percebe-se que aplicando as medidas previstas na proposta de OGE 2013, a debacle será enorme. Estão assustados.
O próprio FMI, relativamente à Irlanda e em evidente divergência com a CE e BCE, já propõe que se abandone a austeridade e se desenvolva uma política de crescimento.
Neste caso, como dizia Fernando Pessoa, estamos perante indivíduos, Gaspar é um deles, limitados pela incapacidade de ver o mundo para lá da escala da sua estatura.
Um ministro das Finanças, dono e senhor das mega-decisões governamentais, incapaz de arriscar uma previsão, mínima que fosse, do ponto de viragem da Economia Portuguesa, é obviamente um falhado. De resto, os resultados, dos seus orçamentos e revisões orçamentais não têm outra leitura.
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