O Senhor Primeiro-Ministro faz-me lembrar uma esponja, de elevado poder absorvente. De ar democrático e demonstração de quem venera ser enxovalhado, sob gritos e apitos, lá leva o País para a cova. Trata-se, pois, de cerimónia fúnebre, mas arrastada, dirigida pelo prior Gaspar e abençoada por D. José Policarpo, protector do governo contra a revolta manifestada pelo povo na rua.
Repete, inúmeras vezes, o número do democrata acrobata, capaz de ouvir os gritos de gente idosa, de meia-idade ou de jovens a clamar: DEMITE-TE!.
Sereno, pelo menos aparentemente, diz ao segurança Serra:
Ao mesmo tempo pensava: “Demitir-me é que não de demito, nem o meu amigo de Belém o vai fazer…tenho uma tarefa para cumprir: empobrecer toda esta gente até ao último dos cêntimos, custe o que custar…”
Que triste sina a nossa: depois de um vem outro que é sempre pior do que o anterior.
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