Há anos, de voluntários, tínhamos apenas bombeiros e umas senhoras ‘xexés’, por sinal incomodativas, a dar bolachas ‘Maria’ e ‘Água-e-Sal’ a doentes hospitalares entubados. Pouco mais havia.
No esplendor da época da desgraça e do disparate – e de golpes suspeitos – o ‘voluntariado’ tornou-se moda do pessoal de gama alta. À piedosa e caridosa Jonet, falsamente considerada fundadora do Banco Alimentar, segue-se hoje o funesto banqueiro, Ricardo Salgado.
Voluntariamente, e pelos vistos sem que tivesse nada de importante a revelar, Espírito Santo Salgado almoçou possivelmente no ‘Ritz’ e foi até ao Ministério Público prestar declarações – inócuas, assinale-se – sobre o caso ‘Monte Branco’.
Se patriota primeiro e banqueiro depois – uma utopia, claro – poderia ter aproveitado a oportunidade para revelar que conversas teve, com o Sr. Efromovich ou outas figuras, sobre a venda da TAP que, tudo indica, o governo, e em especial Relvas, está empenhadíssimo em concretizar nas próximas horas.
Ricardo Salgado, nos tempos de Sócrates, foi dos mais altos responsáveis pelos aumentos das dívidas externas, pública e privada. Muitos portugueses até o venderiam; o pior é que não há mercado para estas espécies – no mundo os níveis da oferta já não têm procura.
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