domingo, 16 de dezembro de 2012

Ó Passos: aguenta, aguenta

Ulrich: Declarações de Passos “são um insulto e não são verdade”.

(Retirado do Jornal de Negócios – publicado hoje, às 18:12)
Fernando Ulrich, presidente do Banco BPI reage, assim, às afirmações do primeiro-ministro que defendeu hoje a necessidade de uma maior tributação das pensões mais elevadas.
“No caso das pensões a cargo de fundos de pensões, as declarações do primeiro-ministro são um insulto e não são verdade”, afirmou Fernando Ulrich ao Negócios.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu hoje a necessidade de os reformados com pensões mais elevadas darem ao Estado um “contributo maior”, o que na sua opinião não viola a Constituição da República.
Tais pensões elevadas, segundo o primeiro-ministro, “não correspondem ao valor dos descontos que essas pessoas fizeram” ao longo da sua carreira contributiva”.
O primeiro-ministro disse que “há pessoas que estão reformadas e que têm reformas que são pagas por aqueles que estão hoje a trabalhar”, que “nunca terão” reformas desse nível. Os jovens que agora começam a trabalhar “vão ter pensões e reformas de acordo com toda a sua carreira contributiva”, frisou, sem nunca se referir directamente ao eventual pedido de fiscalização sucessiva do OE a efectuar pelo Presidente da República junto do Tribunal Constitucional.
Os fundos de pensões dos bancos, ao contrário da Segurança Social são fundos capitalizados. Ou seja quando os bancos transferiram os fundos para o Estado (o que aconteceu há um ano com o objectivo de baixar o défice orçamental) eles foram transferidos incluindo todas as responsabilidades.







2 comentários:

  1. O que pareceu foi outra coisa... que comecem é a cortar nas chamadas pensões de sobrevivência, as mínimas, daí PPC dizer que o que recebem é desproporcional ao que descontaram. Não me parece, realmente, que vá cortar nos ex-detentores de cargos públicos!

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    1. Na dissertação aos infantes laranjas, PPC utilizou a classificação de reformas e pensões elevadas para valores superiores a 600 €, sem o mencionar. É aí que está o truque baixo, mas também a falta de inteligência em antecipar o combate à eventual reprovação do TC ao esquema de IRS (dupla tributação com escalões reduzidos e sobretaxa de 3,5%) acrescido da penalização de 3,5% a partir de 1.350 € de reforma.
      Um cidadão, que é tudo menos exemplar, que viveu da política (dinheiros públicos) até perto dos 40 anos e que só com esta idade se formou e iniciou uma carreira profissional deveria ter vergonha na cara - coisa que, de facto, não tem nem como governante nem como homem.

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