O prestigiado James Fallows há tempos escrevia:
“Há alguns bens e serviços cujo valor social não se pode ver, exclusivamente, por um prisma economicista – pense-se na saúde, na educação, no jornalismo e no direito. A sociedade será pior se a sua prestação forem determinados apenas pelo mercado.”
A famigerada ‘troika’, FMI-CE-BCE, recusa-se a aceitar estes princípios e, mais grave ainda, esforça-se por realizar justamente o inverso, no nosso País. Têm sempre uns serventuários de serviço – em Portugal são diversos, chamem-se eles Coelho, Gaspar, Relvas ou Portas que, por habitual abjuração, se aliou ao grupo.
A liberdade de expressão é, como se sabe, condição inalienável do regime democrático. Tão grave é desrespeitá-la, pela acção repressiva e censória do autoritarismo, como pela traição ao dever do próprio Estado, na manutenção de estações televisivas públicas. Na UE, BBC à cabeça, cumpre-se em regra a missão de zelar pela sagrada obrigação de defesa da ‘liberdade de expressão’, pilar indissociável da ‘Democracia Pluralista’.
A troco de dinheiro, e sabe-se lá mais de quais outros interesses, a venda e atribuição do serviço público televisivo a privados, ainda por cima de certa estirpe, constituem actos antidemocráticos condenáveis.
Se nos alhearmos da superioridade dos princípios, por si só suficientes, o facto do actual governo, sob o empenho de Relvas, Borges e outras abomináveis criaturas, alienar a RTP, e o serviço público a que esta está cometido, a favor de um polvo, designado Newshold, é um acto criminoso, digno de reprovação de um Presidente da República que dignifique o regime, bem como em matéria de averiguação das instâncias da Justiça.
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