‘Há Lodo no Cais’ é um filme memorável (1954), de Elia Kazan. Dos considerados clássicos. Os desempenhos de Marlon Brando e de Lee J. Cobb constam, na história do cinema mundial, como interpretações extraordinárias.
A sinopse do filme é a seguinte:
“Marlon Brando interpreta o papel de Terry Malloy, um ex-pugilista que ousa fazer frente a Johnny Friendly (Lee J. Cobb), líder de um sindicato de estivadores das docas de Nova Iorque, que pretende que os trabalhadores cedam uma percentagem do seu salário, despedindo todos aqueles que se recusem a tal.”
Fonte: Infopédia
Ao ler notícias sobre a greve dos estivadores em curso, é impossível não me saltar à memória essa notável obra da 7.ª arte, vencedora de oito ‘Óscares’.
Ontem, de novo, uma cinzenta figura, dito presidente do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, trouxe-me ao pensamento ‘Há Lodo no Cais’.
Porém, hoje, com a intenção manifestada pelo Álvaro de “abrir a porta a despedimentos nos portos portugueses”, da lembrança passei a imaginar que, à escala do incipiente ministro, há forte probabilidade de virmos a ter um filme de dimensão lusa, a que eu chamaria “Há Merda no Beco”.
Nesta, como em outras histórias de trabalhadores menos coesos e determinados, pretende-se liberalizar a contratação do trabalho (com a conivência do PS, diga-se), mediante o habitual sacrifício económico do factor trabalho – baixar salários e contratar livremente trabalhadores indiferenciados é o propósito.
Olha com quem se estão a meter.
Sem comentários:
Enviar um comentário