Da xenofobia à defesa legítima do interesse nacional vai um passo de gigante. Conheço bem Angola, sem que – saliente-se – nunca lá tenha vivido. Sei como ao longo de anos funcionaram e funcionam os famosos "esquemas".
Conheço, pois, perfeitamente como alguns "esquemáticos" – angolanos, portugueses, judeus e de muitas outras nacionalidades – abocanharam os meios de fortunas pessoais.
A prova de que, em relação à RTP, não estou a reagir em obediência a pensamento xenófobo é, além do referido no primeiro parágrafo, considerar que a responsabilidade principal do desmando recai sobre alguns ou algum dos “patriotas” que referi neste ‘post’, em Agosto passado.
De um país, Angola, em que o controlo e a censura governamentais sobre a comunicação social, sobretudo na perseguição a adversários internos, e que, por exemplo, impede advogados de outras nacionalidades de exercer a profissão nas suas fronteiras, e muitos outros casos poderia invocar, recuso-me a ficar mudo e quedo quando os senhores da Holdnews decidem classificar de xenófobo e dizer o que lhes vem à cabeça sobre quem crítica a alienação indevida do serviço público de televisão de Portugal. Ainda para mais através da venda de, apenas, 49%, ou seja, um valor relativo elevado mas minoritário.
Tão preocupados com os “interesses das partes”, desses senhores, fico sensibilizado mas, pelo sim, pelo não, aconselho os meus concidadãos a proteger “as partes baixas”.
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