Quem a pratica? O traficante, pessoa que trafica ou faz traficância.
Há tempos, na SICN, Helena Roseta denunciou Miguel Relvas. Na função de secretário de Estado da Administração Local no governo de Barroso, Relvas propôs à Ordem dos Arquitectos a realização de acções de formação de arquitectos, financiados por fundos europeus do programa ‘Foral’. Impunha, todavia, uma condição inegociável: essas acções de formação teriam de ser exclusivamente realizadas pela Tecnoforma, empresa de que Passos Coelho foi director e administrador.
A arquitecta, destituída de vícios de corrupção e adversária tenaz de ilicitudes, presenteou Relvas com um rotundo “Não!”.
À denuncia de Roseta, Relvas reagiu com a habitual ameaça do ‘processo judicial’. Onde está ele? Não existe. Nem jamais existirá, quero crer.
Basta ler a notícia do ‘Público’, para se entender o plano do famigerado ministro e do seu actual chefe supremo, Passos Coelho.
Certamente que a brutal austeridade que os portugueses estão a sofrer, entre várias causas, resultam da acção de políticos e empresários corruptos.
Sócrates, estúpida e alarvemente, tornou-se no ‘grande bombo da festa’; porém, outros, e alguns de ar de cidadãos impolutos e bem comportados, como Passos Coelho, também tentaram ou serviram-se dos poderes dos dinheiros públicos, em prejuízo do interesse nacional. O Estado, afinal, para estes assumidos ultra-neoliberais, é fonte de todos os males sociais e simultaneamente o comedouro onde abocanham nacos de iguarias e o “taco” que os alimentam e promovem.
A traficância é uma forma de vida em Portugal? É, sem dúvida. Quem são os traficantes políticos? São tantos, tantos, tantos, que uma exaustiva lista daria um ‘post’ do tamanho de imensos relvados, frequentados por coelhos e outros animais domésticos e roedores do interesse nacional.
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