segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Desengravatados ficam para o fim

Tenho dúvidas que isto e isto, que são a mesma novidade das datas de pagamento de salários por ministério, entre 20 e 23 de cada mês, sejam notícia de 1.ª página. Bastaria, a meu ver, que cada ministério informasse internamente os funcionários das datas de pagamento. Se houver reacções negativas, tanto faz ter sido anunciado na comunicação social como informado no local de trabalho.
Acrescente-se que, neste tipo de situações, o polémico e arbitrário calendário dá origem a naturais especulações:
Por que razão Finanças, Defesa, Solidariedade e Segurança Social e Negócios Estrangeiros hão-de ser os primeiros e a Educação e Ciência em conjunto com a Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território os últimos?
Pensei em deixar a pergunta no ar, mas aprofundando a reflexão chego a uma explicação: na Educação e Ciência, área constituída maioritariamente por professores, estes não usam normalmente gravata; tenho vários amigos professores e não estou a ver uma ou um que seja a usar diariamente o incómodo acessório. Por sua vez, no extenso ministério de Assunção Cristas, a gravata foi abolida. Juntando os silogismos desta lógica, conclui-se: O GOVERNO DECIDIU QUE OS DESENGRAVATADOS FICAM PARA O FIM.
Tá a ver Dr.ª. Assunção Cristas como o governo em que participa é ingrato. Quem poupa na energia e nas emissões de CO2, “soutoura”, é pago mais tarde. - E esta hem! - diria o saudoso Fernando Pessa.

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