terça-feira, 9 de agosto de 2011

Portas e os problemas

Paulo Portas, no MNE, dizem, está colocado perante um problema de 'boys and girls'. De resto, nem é problema original. Há 3 décadas, sobretudo desde Cavaco, que as embaixadas de Portugal servem de dourado abrigo a dezenas e dezenas de assessores, disto e daquilo, saídos dos gabinetes governativos; ou nem isso, basta ter o amigo certo no lugar certo. Lembram-se da Maria Elisa? Pois é, também foi assessora em Espanha e, se não estou em erro, em Londres.
Mas, a minha convicção é que se a ordem for para despachar, Portas não terá a menor dificuldade em afastar 'boys e girls'. É especialista nesse tipo de limpezas.
Outro problema de Portas, e porventura mais complexo, é o 'very old boy' Alberto João Jardim, o inveterado gastador de dinheiros públicos, agora denunciado pelo Tribunal de Contas.
Porém, pensando bem, nem sei se o problema é, de facto, de Paulo Portas que, a tempo e horas, já denunciou os desmandos financeiros do truculento líder madeirense. Com a troika por perto, afigura-se-me que quem está, de facto, "entalado" é Passos Coelho; a quem são necessárias enormes forças para lidar com o problema e, sobretudo, com o pesadíssimo companheiro Jardim.
Aguardemos...

2 comentários:

  1. Será que todos os portugueses que pagam os seus impostos e as contribuições à segurança social e todas as taxas e mais algumas neste país, podem processar o estado português (directamente os detentores dos cargos públicos que se provar terem responsabilidades) em tribunais competentes para o efeito, pela forma praticamente danosa como este gere o dinheiro de todos nós, alimentando e sendo conivente com estas parasitagens todas?
    Os cidadãos portugueses têm esse direito sobre o estado a quem delegamos com muito sacrifício o nosso dinheiro para que seja bem gerido, bem investido no bem público e no país e não nestas verdadeiras pilhagens?
    Juridicamente e constitucionalmente é possível?
    É uma discussão interessante a lançar pela sociedade civil que nunca se vê debater na comunicação social como televisões, rádios e jornais. Talvez fosse um princípio para moralizar e colocar ética nesta podre sociedade gerida por um regime de autênticos interesses partidários actuando conforme interesses privados e praticamente nunca públicos. O país seria certamente diferente e estaríamos muito melhor, muito mais longe do precipício que nos há-de destruir como nação independente e soberana.

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  2. Subscrevo inteiramente o que diz, mas, de facto, somos uma sociedade imobilizada e dominada por políticos sem escrúpulos. Repare que mesmo o Tribunal de Contas está destituído de poderes sancionatórios.
    Alberto João Jardim e muitos outros, num país medianamente organizado política e eticamente, não exerceriam cargos políticos há anos e, certamente, seriam alvo de outras punições.
    Enfim, somos o povo que somos e temos o país que merecemos.
    Obrigado pelo comentário.

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