Do repto lançado por Warren Buffet, estendeu-se certo consenso entre multimilionários, dos EUA à Europa, no sentido de aceitarem taxas de imposto agravadas sobre os altos rendimentos auferidos.
Em Portugal, diga-se, também alguns empresários detentores de fortunas consideráveis, se manifestaram favoráveis a dar igual contributo - Filipe Botton, José Roquette e Henrique Neto integram o grupo dos disponíveis. Todavia, Amorim, o homem tido como o mais rico de Portugal, eriçou-se contra a ideia, argumentando: - Eu não me considero rico. - e acrescentou - Sou trabalhador -.
Sinceramente, deixou-me perplexo a desfaçatez de Américo Amorim. Seria preferível ter ficado calado, a ofender tão ostensivamente milhões de trabalhadores que auferem parcos salários; ou que inclusivamente precisam de trabalhar e não encontram meios de o fazer.
Américo Amorim, até pelas ligações, tão estreitas quanto deploráveis, com o despótico e corrupto regime angolano, tem, de facto, um património de vários milhares de milhões de euros; parte dos quais resultantes de participações em empresas estratégicas para o País - a GALP, por exemplo onde é co-accionista com a filha do 6.º homem mais poderoso da economia portuguesa.
Há anos, uma traficante minhota detida em Tires, em reportagem da RTP, declarava que quem lhe cuidava do dinheiro era o Sr. Amorim. Isto revela o perfil do 'trabalhador multi-especializado' de dinheiros, limpos (poucos) e sujos (muitos). Terá carteira profissional registada algures? Talvez numa qualquer Sicília.
Que um dia condenem este trabalhador a trabalhos forçados é o mínimo que se pede. Ah! E levem com ele o Mira Imoral, igualmente trabalhador de sete costados, como o Patrão, e até banqueiro do povo - com o dinheiro do povo, entenda-se!
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