O Ministro da Economia e do Emprego, o famoso Álvaro, quer Centros de Emprego mais organizados e eficientes. Parece natural e legítimo. Todavia, no interesse dos milhares de desempregados, talvez não fosse despiciendo acrescentar aos objectivos a eficácia; isto é, produzir resultados concretos em termos de arranjar trabalho à maioria dos inscritos nos citados centros. Mas aqui é que 'a economia torce o rabo'. Com a estagnação herdada e as medidas recessivas actuais e futuras, o frágil tecido económico português é demasiado parco em oportunidades de trabalho. E porque este problema - estrutural, diga-se - é complexo e nodoso, o Sr. Ministro tem dificuldades em resolvê-lo; se é que não está a agravá-lo em conjunto com os companheiros de governo, através da orientação política que os inspira.
Outro pormenor a reter da notícia é o propósito de lançar acções de formação profissional para desempregados. Tudo estaria certo se o objectivo se confinasse a dilatar as oportunidades de emprego e, em simultâneo, satisfazer as necessidades das empresas. O pior é que transferir desempregados para acções de formação diminui artifificalmente o número de desempregados. Os valores publicados pelo INE reflectirão um ilusório sucesso, caso se repita a tradição do passado.
Se Sócrates e os seus governos trabalhavam para as estatísticas, o actual Ministério da Economia e do Emprego, com o exemplo referido, não enjeita seguir igual via. Mais do mesmo, portanto.
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