O último mês da vida de José Sócrates, muito aparte da luta político-partidária, foi dramático. Pai e o único irmão que lhe restava faleceram. O sofrimento do ex-primeiro-ministro, que quase sempre contestei, merece-me o maior respeito. A discordância política, a não ser que se trate um facínora do tipo de Hitler, de Salazar, de Pinochet ou de outro do género, não deve ser impregnada do ódio expresso nestes dois comentários execráveis, no jornal "i":
Vítor Guerra:
"Falta o tiro no porta-aviões..."(sic)
Fenix Fenixx:
"Já ouviram dizer que tudo se paga neste mundo...pois então!”(sic)
Não me venham com o argumento de serem casos isolados. Já li outros semelhantes. E não se justifiquem também com a tese de se tratarem de loucos. São sim gente ignóbil, incapaz de aceitar a vivência democrática e de prescindir do espírito rancoroso com que se conduz na vida. Infelizmente, a sociedade actual contém cada vez mais estes espécimes espúrios e aberrantes.
ADENDA: Entretanto, o Jornal "i" decidiu remover os comentários denunciados. Louvável.
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