Afinal, parece que as condições que levaram o governo a preferir o BIC na venda do BPN também merecem dúvidas aos deputados dos partidos da coligação, PSD e CDS. Os dois grupos parlamentares decidiram, em conjunto, ouvir explicações sobre o negócio da Secretária de Estado do Tesouro, Maria Luísa Albuquerque.
Resta agora saber se os referidos grupos de deputados estão mesmo interessados em esclarecer seriamente dúvidas ou se, porventura, estão a ensaiar uma espécie de fogo-fátuo para iludir a opinião pública.
Está, pois, na consciência desses parlamentares quererem ou não abordar o problema com seriedade, competindo à oposição, acima de tudo ao PS, actuar activamente no apuramento da verdade. Não apenas em relação à venda, mas igualmente no julgamento daquilo que Maria de Belém designou por "todos os actos criminosos que foram cometidos".
O esclarecimento desta transacção a favor do BIC, de Amorim, Isabel dos Santos e outros membros cleptómanos da nomenclatura do poder angolano, sob a batuta do ignominioso Mira 'Imoral', o esclarecimento, dizíamos, é devido, sobretudo, aos contribuintes portugueses; porém, as alegações do histórico Montepio Geral, cujo presidente reclama nem ter sido chamado à mesa das negociações, e ainda a exigência do grupo NEI obrigam também a que o governo deixe bem claro que, para os restantes candidatos, a preferência dada ao BIC se justifica à luz do interesse público. Pelos vistos, há fortes razões para duvidar.
(Volto a insistir: PS, PSD e CDS, subscritores do memorando com a troika, ao aceitar que, no ponto 2.10, ficasse explícito que a venda do BPN não estava condicionada por um preço mínimo, cometeram um acto de enorme incompetência; essa condição apenas serve os interesses dos eventuais compradores, limitando seriamente os objectivos de receita de quem vende, ou seja, do Estado Português) Tudo isto é fruto dos políticos que temos…
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