O “DE” destaca na primeira página:
“PSD espera discurso de Passos no Pontal virado para o País”
Primeira questão: o Pontal é o local mais móvel do País. Desde os tempos de Cavaco Silva, Pontal acima, Pontal abaixo, a tradicional ‘reentrée’, pelas mãos de Passos Coelho – quiçá com ajudas de Gomes, Relvas & Cia. – realizar-se-á este ano em recinto fechado. Uma primeira novidade é esta: só terá acesso ao local da festança quem tenha paga a pitança.
Segunda questão: “discurso virado para o País” é a esperança de fidelíssimos ‘laranjas’ em assistir a um País inteiro extasiado a ouvir e ver as voltas do ‘Vira’ do Coelho. Para mim e muitos outros portugueses, que o sentem na pele e no bolso, a expectativa é bem diferente e muito negra: “No Pontal, como em todo o Portugal, continuaremos a sentir que a política de Passos é virar o País de pantanas – empobrecimento, custe o que custar, é a divisa.
Terceira questão: Passos programava cantar, com voz de barítono, falácias e mascarados êxitos da política governamental. Porventura, não de dispensará de exaltar o “sucesso” do défice externo, coisa que não acontecia desde 1953, proclamará. A comparação de dados macroeconómicos entre dois períodos histórico-sociais tão distintos ou é feita por ignorância ou então é uma vil exploração de propaganda.
Quarta e última questão: os dados hoje divulgados pelo INE (o aumento da taxa de desemprego para 15,0% no 2.º trimestre e uma redução do PIB de -3,3% no final do 1.º semestre em comparação com período homólogo de 2011) são, de certeza, dois presentes envenenados com que Passos, Vítor Gaspar, Álvaro Santos Pereira, Paulo Portas e restante equipa governativa não contavam. Estamos expectantes em relação ao que Passos dirá sobre estes factos, admitindo que falará claro e sem o ardil da mentira que outrora já utilizou – há abundantes provas áudio-visuais da insídia.
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