Subitamente, Zakaria beneficiou do indulto no plágio de ‘The New Yorker’ que denunciei aqui. Regressará, portanto, em curto espaço de tempo à CNN e à TIME que tinham suspendido o ensaísta e jornalista.
Conquanto nem sempre concorde com o que ele escreve, admiro a solidez de muitos dos seus textos, visivelmente construídos sobre uma preparação cultural polivalente, ampla e consistente.
Nada me incomoda, antes pelo contrário até me satisfaz a remissão da pena de Zakaria. Sempre foi mais feliz do que Clara Pinto Correia que cometeu exactamente igual erro, sem perdão. Tenho, porém, a acrescentar que o argumento de “erro não intencional” é um conto do vigário em que não caio.
Nos EUA, como em Portugal e em todas as sociedades humanas, a protecção de homens influentes no círculo do poder gozam, com inusitada frequência, de generosas ajudas. Já Clara Pinto Correia não teve igual sorte. Machismo? Qual é a dúvida?
Claro que não foi machismo, não é? Mania de reduzir as coisas ao superficial ainda para mais com um absoluto "qual é a dúvida".
ResponderEliminarAinda agora, Miguel Veiga, no Expresso, levou pela mesma medida de Clara. E é homem.
Fareed foi só um dos ideólogos do pós-11 de Setembro. Óbvio que nunca o iam deixar cair. Claro que isso custa a entender aqueles que lhe apreciam a escrita.
Claro que houve outros imperativos, como o peso do Zakaria nos interesses geoestratégicos dos EUA. Também no texto deixei esclarecido que não estou incondicionalmente com tudo o que ele escreve e já li o suficiente da sua obra.
ResponderEliminarTalvez tenha sido pouco explícito ao afirmar que houve também algum machismo no tratamento, em Portugal, dado a Clara Pinto Correia - na 'Visão', o falecido Cáceres que a conhecia muito bem,nunca lhe deu a hipótese de recuperação.
O Miguel Veiga, no Expresso, também plagiou?
http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/miguel-veiga-condenado-a-multa-e-a-indemnizacao-por-plagiar-parte-de-um-livro-de-filosofia-1552261
ResponderEliminarObrigado pelo esclarecimento. Desconhecia.
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