sexta-feira, 17 de agosto de 2012

O sucesso da Islândia é lição para o FMI e UE

Paradoxal esta conclusão de Daria Shakarova, chefe da missão do fundo no País. Confesso perplexidade perante tal topete.
Compreenderia que Shakarova viesse a público reconhecer, sem tibiezas, a razão e os méritos dos políticos finlandeses, ao decidirem rejeitar literalmente o programa de ajustamento definido pelo FMI, preferindo, em alternativa, actuar com ideias próprias. A eficácia é incontestável.
De resto, em Março passado a Islândia já havia antecipado o pagamento de 338,7 milhões de euros ao FMI, acto que surpreendeu a sinistra organização de Washington.
Tendo embora em conta a pequena dimensão da Islândia, FMI e outros directórios internacionais, sobretudo da UE, deveriam aprender que, quando se prefere responsabilizar criminalmente os principais autores da crise e impor perdas aos credores de operações especulativas, é possível não sobrecarregar os contribuintes e salvaguardar o Estado Social. Em Reiquejavique, como em Atenas, Dublin ou Lisboa. Infelizmente, rejeitam entender.
Do actual parlamento, 39 dos 63 deputados opõem-se à continuação das negociações para o ingresso do País na UE e no euro. Surpreende-me não ser um desejo unânime.
   




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