O país inteiro ficou entusiasmado com o fim da recessão em 2013, anunciado por Passos Coelho no Pontal. As comemorações, Madeira à parte, tiveram dimensão nacional. O povo veio prá rua e festejou com vinho, ‘minis’ e uns bagacitos; por sua vez, gente mediática, empresários, PR e altos quadros do PSD saudaram a ‘boa nova’ com flutes de Moët &Chandon, Cristal, Veuve Cliquot, Krug e outras marcas de luxo de champanhe – apenas a D.Maria, a conselho de amiga, teve de contentar-se com ‘chá de hipericão’, para debelar a depressão causada pelas dores nos joanetes.
Dos mais modestos aos altos notáveis e ilustres, o País viveu, de facto, momentos de euforia colectiva. Todavia, a profecia do PM para 2013 corre o risco de falhar. Não porque Passos Coelho erre. O homem nunca erra. Quem se engana, e à grande, é a dívida pública. Segundo relatório do BdP citado pelo Diário de Notícias, está a registar um agravamento em relação às previsões da ‘troika’ e do próprio governo, conforme se conclui da seguinte notícia:
“O nível total de dívida pública acaba de violar as projeções da troika publicadas em meados de julho, na última avaliação.
Segundo o Banco de Portugal (BdP), o rácio que conta para o Eurostat (critérios de Maastricht já valia 116,6% do produto interno bruto (PIB) no final do primeiro semestre.
Em julho, Bruxelas e FMI previram ambos 114,4% para a média deste ano. A última projeção oficial do Governo, de maio, aponta para 113,1%.”
Além do mais, o que é que a ‘troika’ vai pensar de nós a propósito do engano cometido pela dívida? Que afinal Portugal está a caminho de ser a Grécia? Passos e Gaspar já andam a ‘Prozac’.
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