Seguro, seguramente, como Passos e Gaspar, é o chamado político instantâneo, estilo ‘pudim Alsa’ ou ‘penso rápido’, sem visão estratégica – propositadamente não cito Paulo Portas, porque esse, tenho de reconhecer, tem outra envergadura e eficácia na preservação da imagem para descrever sucessivas curvetas, arregimentando um conjunto de manipuláveis marionetas. Claro que não actua em consonância com o interesse nacional, entenda-se.
Seguro, a meu ver em acto de profunda hipocrisia, declarou-se um líder “muito feliz”, a propósito de António Costa reconhecer publicamente ter condições para, se necessário, candidatar-se a secretário-geral do Partido Socialista. Seguro está ciente de que, além de perseverante cacique, a correr e manipular potenciais eleitores do País rural e urbano, nada tem de comparável com as qualidades de Costa para pegar no leme, nas tenebrosas águas em que navegamos e às quais a política de Passos e da ‘troika’ mais turbulência acrescentará.
António José Seguro, sem nunca lograr ter transcendido a mentalidade provinciana, relembre-se, é um cacique em peregrinação pelas secções do PS por esse País fora. Ora se bate com anho e arroz no forno em Baião, ora petisca sardinha assada em Portimão. E assim vai captando votos.