sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Desempregados à força!

 
O drama do desemprego é sentido, dia após dia, por um universo cada vez mais vasto de cidadãos de várias classes etárias. A notícia do jornal "i" merece ser lida com reflexão e preocupação.
Há situações de gente em desespero total. Como aquela mulher, minhota salvo erro, que se sentiu compelida a entregar os dois filhos à irmã, por falta de recursos para os sustentar.
Ironicamente, o capital financeiro e industrial, gerador da crise e que ainda se permite falar deste modo, sai triunfante e alija pobreza e miséria em milhões de cidadãos sem trabalho em toda a Europa - em Espanha a taxa de aumento de desempregados em Agosto foi de 1,25% e em Portugal, com gente do calibre do sinistro Almerindo Marques no comando, há empresas participadas por grandes grupos financeiros, a Opway do BES, que acrescentam novos desempregados à lista. Com total frieza e falta de humanismo, e ainda ajudadas pela chamada 'liberalização das leis laborais'.
Os ideólogos em voga, neoliberais, continuam a acreditar que se trata de uma crise temporária e que, com um plano à moda de Vítor Gaspar, todos voltaremos à prosperidade em breve. Das duas, uma: ou são ingénuos, ou mal intencionados. Bastava que levassem a sério notícias destas para concluir que o sistema está seriamente arruinado. Tanto na Grécia como nos EUA, a despeito de Obama afirmar que o seu país não é Portugal nem a Grécia. Apetece-me gritar-lhe frase semelhante à de James Carville para a campanha de Clinton em 1992: "É a economia global, estúpido!".

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