O putativo Nuno Crato, sábio na exploração das vicissitudes da vida pública, alega que "contratos de um mês sempre existiram na Educação". A existência, porque histórica, não importa se é injusta, irracional ou desumana; as tradições não se discutem, prolongam-se. Mesmo que delas resultem sofrimentos humanos – é um princípio tauromáquico. Que importam as dificuldades e insegurança que impendem sobre os contratados? Do ponto de vista do ideário neoliberal e anti-social, a que Crato acabou por aderir, nada. Absolutamente nada.
Tem-se de compreender que Nuno Crato, perto de Manuel Alegre em 2006 e presidente da controversa Taguspark no tempo de Sócrates, soube com precisão e sucesso desempenhar o papel de camaleão. Ontem com Sócrates, hoje com Coelho. Ou melhor, os benefícios financeiros pessoais foram calculados friamente por um homem da ciência matemática. Os teoremas, de Tales de Mileto a Leibniz, serviram-lhe de suporte às ambições carreiristas. Sempre matematicamente correcto, por caminhos social e politicamente condenáveis.
Com os "tachos" acumulados ao longo do tempo, entre os quais o de Ministro do governo Passos Coelho, Crato, a prazo, ficará registado na história da política portuguesa como um oportunista sem seriedade, nem vergonha. Metaforicamente mais um réptil, entre a bicharada rastejante que saca e enche os bolsos, com a hipocrisia de servir (-se) (d) os cidadãos. É desta m…. que eu e muitos mais estamos saturados.
(ADENDA: Entretanto Crato, em sintonia com a elasticidade da plasticina, acabou por afirmar que, afinal!, o ministério não vai contratar professores ao mês. Dentro de meia-hora, ou de algum tempo mais, é natural que haja outras notícias da parte do ministro. É muito volátil e as novidades surgem á velocidade da equação da energia E = m.c2)
Qualquer dia é a jorna...
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