Sempre tive a noção de que os incidentes das secretas, sobretudo a insistência noticiosa do 'Expresso' assim me leva a crer, se inscrevem em ridícula novela à portuguesa, de uma guerra entre dois homens desavindos: Francisco Pinto Balsemão e Nuno Vasconcelos. Deste último, ontem, o DN publicava um artigo elucidativo do combate feroz 'Impresa - Ongoing'.
Hoje, Silva Carvalho, provavelmente acompanhado pelo seu advogado, Nuno Morais Sarmento, estará no Parlamento, a fim de ser ouvido na sala de reuniões da Comissão de Assuntos Constitucionais. À porta fechada, sublinhe-se.
O PSD está enfiado nesta história até ao pescoço e, alguns dos protagonistas como Silva Carvalho, até à testa. Este último, portanto, com a boca atolada e imóvel, não revelará nada de significativo, acredita-se. Poderá até replicar o argumento de segredo do Estado do PM, quando do primeiro inquérito.
Resultado: o Parlamento está descrente do resultado da audição de Silva Carvalho. Em particular o PS e restantes partidos da oposição. Será, por assim dizer, um frustrado acto de segregar o secreto Carvalho. O homem não expelirá a mínima secreção. Dito de outra forma: será uma infrutífera extracção escatológica, donde não sairá o menor excremento.
(ADENDA: Tudo como dantes, quartel-general em Abrantes. Silva Carvalho, em relação aos dados publicados, diz "serem em parte falsos e em parte deturpados. Dados que não podem ser contraditados publicamente" (sic). Como era previsível, ficámos a saber o mesmo, ou seja, nada.)
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