O Papa acaba de replicar, em livro, o género de história semelhante à vivida pelo adolescente Marty McFly ao regredir no tempo de 1985 para 1955, no filme ‘Regresso ao Futuro’.
O argumento foi redigido Robert Zemeckis e Bob Gale, o primeiro dos quais foi o realizador da fita cinematográfica.
No caso presente, e como não se trata de ficção, mas de uma pretensiosa “tese doutrinária e científica”, não há filme. O autor da obra, Bento XVI, fez questão de ouvir e ver, com os seus próprios ouvidos e olhos, os testemunhos de quem há cerca de 2012 vivia em Nazaré e Belém (há as duas versões) e confirmar se Maria, mãe de Jesus Cristo, estava, facto, virgem quando o menino nasceu. Deu conta, entretanto, que no local de nascimento, o Presépio, nunca existiram nem burro, nem vaca – já me fez eliminá-los do presépio de cá de casa para o próximo Natal. Quanto aos ‘reis magos’, esses estiveram lá, por recomendação de Herodes…mas isso é uma história de narração longa que apenas cito.
Da obra doutrinária de Bento XVI, também pode deduzir-se que o Papa é um homem desconfiado, do ouvir e ver para crer. Com efeito, se tivesse feito fé naquilo que o apóstolo Mateus deixou escrito, pouparia esforços de viagem tão longa e de reescrever uma narrativa já conhecida, em que uns acreditam e outros não.
Melhor seria que Bento XVI se dedicasse à destruição da ostentação ofensiva da ICAR em actos litúrgicos e a pressionar os poderosos a dividir com equidade o pão que, para ele pode ser divino, para mim é apenas devido, a milhões em sofrimento pelo mundo.
Sem comentários:
Enviar um comentário