Ao comportamento contraditório entre o prometido e a acção política – o vídeo do ‘Aventar’ é prova eloquente – Passos Coelho tem adicionado uma catadupa de actos negativos, sobretudo reveladores de total insensibilidade social.
Tornou-se evidente e permanente a demonstração de estar impreparado para o exercício do cargo de estadista, e logo na função de PM.
O ‘Público’ publica hoje uma nuvem de epítetos negativos utilizados nas redes sociais para classificar a comunicação de Passos Coelho em 7 de Setembro passado. Vergonha, mencionado 6131 vezes, ficou em 1.º lugar.
O primeiro-ministro, acossado pela citada intervenção, e por outras como, por exemplo, a ‘refundação do memorando’, já revelou à exaustão ser um adversário da CRP e do Estado Social.
Como diria um amigo meu, Passos, de inteligente, apenas tem o aspecto. Terá, muito provavelmente, uma carreira a prazo, mas ainda assim mais longa do que o desejável.
A despeito de vir a ser longa ou curta a governação de Coelho, o mais grave é a passagem pelo poder de mais um chefe de governo a adensar a pesada herança em que já nos arrastávamos.
As consequências sociais infelizmente perdurarão, sendo previsível um futuro bem amargo. E de amargura em amargura, legará a milhões de portugueses uma vida de duro sofrimento, em que empobrecer os mais velhos e aniquilar expectativas de vida digna dos mais jovens é a penitência a que o País está condenado.
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