Portugal, devido a políticas
desastrosas iniciadas em 1987 pelo XI Governo Constitucional, de Cavaco Silva, e
prosseguidas nos governos seguintes até Sócrates, transformou-se gradual
e estrondosamente num País predador de subsídios e do tecido produtivo que era um património económico e social basilar.
CUF/Quimigal, Siderurgia, Covina, EDP, REN, empresas estruturais e estratégicas de sectores diversos, bancos e seguradoras
esfumaram-se às mãos de governantes, a maioria em processos de alienação a capitais estrangeiros,
total ou parcialmente, conducentes à dependência externa e, em múltiplos casos, ao encerramento da
actividade nuclear em território nacional.
A compensação, se assim lhe poderemos
chamar, foram as obras faraónicas: o CCB, a Expo, os Mercados Abastecedores, os
Estádios de Futebol, as autoestradas e outras obras públicas. Tudo
projectos geradores de avultado enriquecimento de consórcios, nomeadamente nas
PPP’s onde se associaram os interesses espúrios de ‘empreiteiros e
banqueiros’ - já nem citamos os casos dolosos do BPN e BPP.
“Portugal teria de converter-se em país
de serviços”, proclamava Cavaco, o extintor da agricultura e das pescas. Para
reduzir uma história longa e complexa, diga-se que Sócrates foi o último coveiro
do longo ciclo.
Pode agora perguntar-se: “quem e o
que se segue a Sócrates”? Predestinados para a desgraça, coube aos Portugueses o
governo de Coelho e Portas. Que sorte a nossa! E não fiquemos por generalidades. Observe-se, mesmo de raspão, a página do ‘Público’ ‘on-line’
e tome-se em atenção o conteúdo das seguintes notícias
Infelizmente, e por motivos idênticos, outras notícias
mereceriam destaque. Porém, estas são suficientes para ilustrar a ideia da
fúria devastadora do País de Coelho, Portas, Gaspar & Cia. - outras destruições se anunciam.
No que se refere à notícia destacada no ponto 3, é bastante
elucidativa da razão por que o Eurostat há dias anunciou a queda do
desemprego em Portugal de 15,8% para 15,7% – o fenómeno da emigração desejada por
Alexandre Mestre, Miguel Relvas e Passos Coelho, em mensagens que foram subindo
sempre de tom hierárquico. Ao jeito de uma ópera bufa, só que dramática em vez
de cómica.
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