Vítor Gaspar, impingido aos portugueses como sábio de finanças públicas, era – sim era, porque já não é – o homem providencial para arrumar as contas do Estado Português.
O 1.º orçamento anual, cuja autoria é exclusivamente sua e da equipa do Ministério das Finanças que chefia, de execução em execução orçamental tem sido um desastre.
Quando interrogado sobre perspectivas futuras das contas públicas, sempre se escudou na desculpa de não ter o hábito de especular sobre o futuro e variáveis que, alegou sempre, não conhece.
Este comportamento é próprio de um incompetente ou de um irresponsável. Independentemente da dimensão e complexidade da entidade ou sector que lhe está cometida, a actividade de um gestor não se concentra no passado nem no dia que passa. É justamente o futuro e a visão que é capaz de urdir para o futuro que distinguirão o bom ou mau desemprenho.
Obstinado na ideia oca de regressar aos mercados em 13 de Setembro de 2013, e com a cumplicidade natural de um PM impreparado e forçado a delegar sem saber bem o quê, Gaspar revela-se incompetente,teimoso na asneira e prejudicial à pátria.
O orçamento de 2013, com 7,2 mil M € para pagar, e de cumprimento mais do que duvidoso, é mais uma peça a exigir a negociação da dívida – sem esquecer os 4 mil M de € que nos últimos dias tanta controvérsia suscitaram.
Esqueçam as divisões partidárias e a segmentação esquerda-direita. É o interesse nacional que está em causa. Se possível, os senhores do governo usem o bom-senso e empreendam com ligeireza e eficácia as acções necessárias à renegociação da dívida. Sem o complexo de ter sido a ala esquerda da AR a pioneira na defesa dessa solução. Caso contrário, um segundo resgate é inevitável ou o fatal destino de irmos para o buraco.
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