domingo, 16 de fevereiro de 2014

Do Panamá a Sines e de Sines à Europa

O modelo de panamá que Coelho e Seguro enfiaram na cabeça





Os ex-jotinhas, Coelho e Seguro, são óptimos no assalto aos aparelhos partidários onde se incrustaram. Porém, são péssimos no perfil e potencialidades para estadistas.
Submetidos a mentes impreparadas e escassas de massa encefálica, nada diferem, entre si, na imaginação para governar um País que atravessa a fase mais difícil do período democrático pós-25 de Abril.
São tão iguais que, sem originalidade mas com um talento exótico, reproduzem a famosa dupla ‘Dupont e Dupond’ das Aventuras do Tintim.
Há dias, Passos Coelho, no papel de ‘Dupont’, à falta de dinheiro para investir, elegia como solução o ‘investimento externo’, entusiasmando-se com o alargamento do canal do Panamá, Sines de águas profundas e centro portuário nevrálgico para logística à escala europeia através ligação ferroviária ao Velho Continente.
Agora, Seguro, o ‘Dupond’, vem, sem tirar nem pôr, com a mesma conversa: Canal do Panamá, porto logístico de Sines, ligação ferroviária à Europa, para transporte de mercadorias.
Os dois ex-jotinhas – o porto de Sines pode ser um capítulo do desenvolvimento, mas é curto em termos de impacto no crescimento a nível nacional – os dois ex-jotinhas, dizia eu, foram educados há anos, desde Cavaco, na política das infra-estruturas. Assistiram à exuberante construção de auto-estradas e estradas, ao desmantelamento da ferrovia e da indústria, pescas e agricultura. É evidente a falta de opções dos dois políticos, tornando-se mais grave e difícil traçar uma estratégia nacional de desenvolvimento numa Europa assimétrica e pouco sólida - as limitações próprias das duas figurinhas mais adensam as dificuldades, certamente.
Dos dois grandes partidos portugueses, PS e PSD, podemos esperar apenas falta de visão e de capacidade de proporcionar ao País homens de Estado de cariz democrático, com ideias consistentes e determinados. Um tipo de Marquês de Pombal democrata.
Que esperar desta gente? Eu, nada!

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