A TAP é parte integrante do
sentimento de orgulho e devoção à Pátria, características do patriotismo
agregador da ligação dos portugueses ao País, independentemente dos lugares
geográficos onde vivem, interna ou externamente. A companhia aérea portuguesa,
pela expansão internacional alcançada e como elo de ligação da diáspora,
transformou-se, pois, em veículo estratégico e símbolo intransmissível do
património nacional.
Na Europa, com segmentos
crescentes das sociedades a exalar revivalismos nacionalistas – na Suíça, em
França, na Alemanha, na Áustria e até em franjas do eleitorado grego – deve cuidar-se
do rigor das ideias. Ser patriota é coisa bem distinta do nacionalismo como
fundamento ideológico de movimentos radicais, onde, desde sempre, se incrustaram
o fascismo, o nacional-nacionalismo e a xenofobia.
A venda da TAP, de que o governo
não desiste, é um óbvio acto antipatriótico e lesivo para os interesses de
Portugal no mundo. Se concretizada, os responsáveis de primeira linha são
Passos Coelho e Paulo Portas, dois farsantes patriotas.
Às suas ordens, estão
oportunistas – Manuel
Pinto Barbosa e Borges de Assunção, entre muitos mais – e os tecnocratas de
negociatas, o ministro Pires e o secretário de Estado Monteiro.
Fernando Pinto, embora lhe deva
ser reconhecido o mérito na condução da companhia e o demérito de ter adquirido
uma empresa de manutenção de aeronaves ex-Varig, de volta e meia, a meu ver sem
legitimidade, também defende a alienação da TAP – o propósito de venda ao
judeu-polaco-colombiano-brasileiro Efromovich chegou a ser vergonhoso. Acima de
tudo, a um gestor representante do Estado accionista, não se admite que
expresse ser favorável, quanto mais interferir, na venda de um valioso símbolo nacional.
A TAP, foi dito por inúmeras
vozes e vezes, com o valioso ‘hub’ (plataforma) de Lisboa, tem de ser avaliada para além
de manobras de engenharia financeira.
O valor da companhia aérea nacional não é mensurável apenas no plano das finanças ‘tout court’. As mais-valias, na satisfação do interesse público e mesmo financeiras, constituem factor determinante para a manutenção da empresa nas mãos do Estado Português – goste a UE ou não, façamos o que outros países têm feito em relação a directrizes que, à partida, são inexoráveis apenas para os mais frágeis.
O valor da companhia aérea nacional não é mensurável apenas no plano das finanças ‘tout court’. As mais-valias, na satisfação do interesse público e mesmo financeiras, constituem factor determinante para a manutenção da empresa nas mãos do Estado Português – goste a UE ou não, façamos o que outros países têm feito em relação a directrizes que, à partida, são inexoráveis apenas para os mais frágeis.
Para desmistificar a falácia de
que a venda da TAP é um desfecho inevitável, tome-se em consideração alguns
números citados pelo ‘Público’ e outros órgãos da imprensa:
Além de censurável acto antipatriótico,
nem do estrito ponto de vista económico-financeiro o governo consegue ter razão.
Explicação: é o desfazer do património do Estado a qualquer preço, privilegiando a
fidelidade vil e servil à ideologia neoliberal em detrimento da própria
soberania do País.
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