INE
e Eurostat
publicaram dados relativos ao comportamento da ‘economia’ em Portugal e na Zona
Euro + UE28, respectivamente.
É, de facto, boa notícia que o
PIB do 4.º T de 2013 tenha registado o crescimento de 1,6%, o mais elevado desde 2010,
último ano da governação de Sócrates.
Assinale-se que este
crescimento, segundo o INE, foi determinado em larga medida pela Procura
Interna (Consumo Privado). Possivelmente, as “malditas” – segundo o governo - decisões
do TC, em relação aos cortes de subsídios, permitiram justamente recuperação do poder de compra dos consumidores e melhoria do consumo.
Qual será o resultado em 2014
(previsão de +0,8%) com os cortes de rendimentos estabelecidos no OGE2014?
Ainda no que respeita à venda de automóveis, pergunta-se: qual o peso das
aquisições pelas empresas de ‘rent-a-car’ nas compras totais, em ano favorável
da actividade turística? A quebra de concorrência do Egipto, da Tunísia, da
Turquia e da própria Grécia favoreceram as actividades do sector em Portugal e
Espanha.
Há uma observação que não pode
deixar de ser lançada para o debate: o
vector seleccionado pelo Governo para o crescimento privilegiava as exportações
e, no fim de contas, a procura externa líquida registou uma deterioração,
devido ao crescimento das importações.
Já começamos a ficar habituados a
que este governo, com desvios para cima, para baixo, para a esquerda e para a
direita, falhe. Não venham agora os senhores ministros, ajudantes e
comentadores televisivos favoráveis à coligação argumentar que o governo se
esforçou até à exaustão para melhorar as condições de vida e de consumo dos portugueses.
Seria falta de escrúpulos.
A informação do investimento do
INE é escassa, mas o aumento, se existiu, foi limitado.
No final, o que verdadeiramente
conta é o PIB anual de – 1,4%, quando o governo admitia – 1,8%. Mas, a pura das verdades é que desde o início da governação Passos e Portas se
registou o terceiro ano consecutivo de contracção económica.
Um último aviso: não contem muito
com a Zona Euro, cujo PIB diminuiu - 0,4%, e com alguns dos países emergentes,
Brasil por exemplo, onde o ambiente para as nossas exportações está a ficar toldado.
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