Detesto a palavra fã, mesmo em
relação aos meus ídolos do cinema, música ou teatro. Prefiro admirador. São
José Lopes, articulista do ‘Público’, pelas qualidades de isenção,
objectividade, verdade e defesa de uma sociedade mais justa, merece-me muita
admiração.
Na edição deste Sábado, São José
Lopes, com elevação mas sem complacência com as inferioridades venham de onde
vierem, publica o texto ‘Não é só uma
gripe’, título inspirado em infeliz declaração de Marcelo de Rebelo de
Sousa – semelhantes a tantas outras com que o prolixo e contraditório
comentador nos presenteia aos Domingos.
Da orientação neoliberal do governo
de Passos e Portas à inanidade de Seguro, o artigo é, de facto, digno de
leitura. Para reforçar a minha opinião, escolhi um parágrafo, como poderia ter
optado por qualquer outro. Ei-lo:
“O que é facto é que apesar da actividade política que ocupa os socialistas a imagem que passa para a opinião pública é a de que Seguro não existe como líder, que não tem ideias para o país e que não se impõe como uma alternativa clara de Governo à actual coligação PSD-CDS. Exemplo desta imagem foi a intervenção de Marcelo Rebelo de Sousa na TVI, no domingo em que, a propósito de um SMS que recebeu do líder do PS esclarecendo que não aparecera em público durante uma semana porque estivera com gripe, o antigo líder do PSD aconselhou Seguro, em tom jocoso, a não “engripar” em Maio, quando da saída da troika e das eleições europeias.”Este é mera passagem do filme, já que a leitura integral da história, essa sim, é fortemente recomendável.
(Adenda; Por lamentável erro, chamei-lhe São José Lopes, em vez de São José Almeida. As minhas desculpas.)
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