A compra dos submarinos e dos
Pandur já fez correr muita tinta. Ocorreu no tempo em que Paulo Portas
desempenhava o cargo de Ministro da Defesa e, lembre-se, como governante fino e
esbanjador do dinheiro do Estado igual a muitos outros, escolheu o ‘Forte
de São Julião da Barra’ para residência oficial – desse tempo, governo de
Barroso, nem sequer dissecamos o caso ‘Portucale’; centenas de sobreiros foram
abatidos pelo grupo Espírito Santo, mediante autorização governamental. E não existe o testemunho de uma simples bolota ou de pedaço de cortiça quanto
mais as palavras de quem ordenou ou executou o corte.
Sabe-se no que respeita aos submarinos que, na
Alemanha, ex-quadros da Ferrostaal foram condenados pelo pagamento de “luvas” de 62 milhões de euros a Portugal e Grécia para garantir as encomendas. Quem
recebeu? Curiosidade sórdida a nossa!
De facto, o PS de Seguro, seria
exigível, deveria ter levado há mais tempo à AR o negócio de submarinos e
Pandur, feitos no tempo de Barroso e Portas. Todavia, manteve-se em silêncio prolongado
que, agora, em pleno congresso do PSD – Partido Social-Democrata? – resolveu interromper.
O
Branco, a quem decidi cortar o Aguiar e hífen, acto muito menos grave do
que o governo cortar reformas, pensões e salários, ficou muito enervado, a
ponto de se ter valido de um ‘Prozac’ que as estruturas do partido disponibilizam para ataques de agudo nervosismo.
Branco, de nome e pardo de
ideias, insurgiu-se contra o oportunismo do PS; conquanto, repito, eu entenda que
o PS retardou a discussão do problema, O Branco expressa uma opinião deveras subjectiva.
Porque, verdade, ‘verdadinha’, a questão central e objectiva não é o tempo que
também conta, mas sim os factos materiais – ouve ou não trapalhada na compra
dos submarinos e dos Pandur? É a resposta a esta questão, sem rodriguinhos nem
equívocos, que pelo menos parte dos portugueses exigem saber.
Teresa Leal Coelho, certamente de
cachecol até é ao joelho, tentou a fuga para a frente e desafiou Seguro:
"Uma
das injunções que lanço daqui é que António José Seguro possa participar
brevemente na criminalização do enriquecimento ilícito para combater a
corrupção."
Venham as injunções – linguagem de
grandes mestres de direito – porque as injecções de ‘luvas’ no passado já estão
fora de prazo e quem delas beneficiou ficou, desde então, reconfortado e de
novos ataques imunizado, pensa possivelmente a Teresa.
Mas todo este desfile de opiniões
só ficaria completo com a suprema decisão de Matos Correia:
“… a iniciativa não vai ter luz verde da maioria.”
O Correia é o dono dos semáforos.
Verde, amarelo ou vermelho são opções apenas dele. Isto é que democracia, pois então!

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