Uma equipa sacrificial, diria Cavaco |
Na farsa de há dias do CCB, ao lançar
o livro de entrevistas de Maria João Avillez, de autopromoção pessoal e de certas
lamúrias de Gaspar, é de imaginar que este figurão já tivesse acertado com a Sra. Christine Lagarde o ingresso no FMI,
como Director dos Assuntos Orçamentais.
Tratar-se-ia de uma fase normal
da carreira profissional de Gaspar, como de qualquer outro cidadão.
Todavia, há
factos sórdidos e relevantes que explicam esta escolha do FMI: o fervoroso zelo com que Gaspar se aplicou para não ser o quarto, mas
sim o primeiro homem de confiança da sinistra organização de Washington na
aplicação do implacável programa de austeridade aos portugueses que, para ele, nada contam
em termos de direitos fundamentais de cidadãos.
O Tribunal
Constitucional mitigou a malvadez imensa do tortuoso chefe da ‘troika’
disfarçado de defensor dos interesses nacionais; porém, por justificáveis motivos, não o conseguiu impedir de ser propulsor de elevadíssimo número de insolvências, taxas de desemprego altíssimas,
penalização sem complacência dos ganhos de reformados, pensionistas e assalariados…
enfim transfigurou um País que, por mais disfarces que o governo utilize, saiu da bancarrota para
ficar a milímetros dela.
Sem a menor dúvida, a “grandiosa”
obra de Gaspar – o ministro de finanças que decidiu de uma única vez o maior
aumento de impostos directos e indirectos da História de Portugal – continuada pela amanuense
Albuquerque lado a lado com Portas – um sabichão de finanças públicas; a “grandiosa”
obra de Gaspar, dizia, sustentada nos habituais insucessos e saques de juros do FMI,
jamais consegue garantir o regresso de Portugal aos mercados de forma autónoma na próxima década, a fim de obter empréstimos a taxas nem sequer parecidas quanto mais idênticas às da
Irlanda.
Da destruição de empresas,
empregos, famílias e perda de milhares de idosos e jovens entretanto emigrados, Portugal
terá de penar mais de uma década para garantir aos seus cidadãos uma vida
decente: este estilo de vida, mas sofisticado, fica para Gaspar em Washington e para mais uns quantos
privilegiados dispersos por lugares em sociedades estatais e outros serviços
cuja utilidade nem sequer se percebe – Jorge Braga de Macedo, por exemplo;
alguém sabe quanto ganha e o que faz?
Gaspar vai em paz, mas vira lá os
teus orçamentos para outros lados.
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