A História Mundial, em construção
contínua e sem pausas, regista eventos e também a gestação de novos líderes
mundiais. Ao grande Kim
II-sung, na Coreia do Norte, país admirado por Bernardino Soares do PCP, sucedeu
o filho Kim Jong-il, que lá vai fazendo seu percurso para ser magno como o pai -
a família que tenha cuidado
com “Kimzinho”; caso se portem mal, guilhotina, forca ou coisa do género com
eles, à semelhança do sucedido com um tio e familiares deste.
Os ‘grandes líderes’ destacam-se
no exercício do poder, e depois na história, ao comandar de uma nação para a
grandiosidade; no sentido em que esta é em rigor uma expressão de carácter quantitativo.
Sim, é importante precisarmos este pormenor, porque do ponto de vista
qualitativo, uma vez que a obra seja enorme, a qualidade é aspecto secundário
ou mesmo ultra secundário. Mesmo que péssima.
Gaspar, essa figura que percorre um
caminho entre o ridículo e o economista pastoso no discurso político, ontem no
CCB, no lançamento do livro de autoria da áspera de voz e feitio Avillez, o
ex-ministro atribuiu a Pedro Passos Coelho o título de ‘grande
líder reformador’.
De facto, na presença dessa
figurinha redondinha, António Vitorino, de socialista putativo, inteligente e ao
serviço de todas as causas, da esquerda à direita, o povo português ficou a
saber, pelo caricato Gaspar que Passos Coelho é, de facto, o líder reformador,
isto é, o grande obreiro do empobrecimento, do desemprego, da emigração maciça,
de três anos consecutivos de contracção do PIB, de uma dívida que já adicionou
40% à deixada por Sócrates, que devido às imparidades por incontáveis
insolvências, tem quatro bancos do País (Banif, BCP, BES, CGD – e falta saber
do Montepio Geral) com resultados negativos em 2013 da ordem dos – 2100 milhões
de euros. A venda do BPN por 40 milhões, hoje BIC, também faz parte do rosário desfeito e infinito do líder.
Não há dúvida, ter um líder
destes desperta-me o orgulho de ser português. Imagino Passos Coelho nos anais
da História, ao lado de Lincoln, Alexandre Magno, Bismarck, Catarina a Grande,
César, César Augusto, Churchill, Corazon Aquino, De Gaule, Fidel Castro,
Ghandi, George Washington, Getúlio Vargas e tantos outros que, de todo o
espectro ideológico, ficaram como legado à Humanidade.
Lamento a minha ausência no CCB,
mas enfiaram a Avillez, o Gaspar e o Vitorino em espaço tão reduzido, com o mau
aspecto de gente de pé. No grande auditório, com música de fundo do Boss AC, é
que seria o lugar indicado para tornar a comédia menos insípida.
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