Crise da dívida
Itália e Espanha em plena tormenta
19 julho 2011
"A Bolsa no ponto mais baixo, o medo está de regresso", escreve o La Stampa, um dia depois da "segunda-feira negra" nas Bolsas europeias. Foi em Milão que a queda foi mais forte – 3% –, apesar de as cotações terem recuperado um pouco na manhã de terça-feira. Este diário de Turim considera que as medidas de austeridade votadas em 15 de julho pelo Parlamento italiano foram insuficientes para travar a especulação sustentada pela "ideia de que o Governo italiano, enfraquecido, não tem condições para responder de forma eficaz aos acontecimentos e de que a instabilidade vai durar muito tempo".
Mas a Itália não é o único país em dificuldades. "Os mercados fustigam a Espanha e obrigam-na a pagar juros ruinosos", lamenta o El Mundo. Nesta "segunda-feira negra", o prémio de risco, ou seja, a diferença de rendimento entre as obrigações alemãs – as mais seguras – e as dos outros países, atingiu os 372 pontos, para a Espanha, em comparação com os 330 pontos, para a Itália. E o país é agora forçado a pagar juros de 6,32%, para obter financiamentos, o que torna ainda mais complicada a retoma económica.
Esta semana, "a pior para a dívida desde o nascimento do euro", será um momento chave para a Espanha, com a realização da cimeira extraordinária da zona euro, no dia 22 de julho, considera o El Mundo. Este diário conservador insiste na necessidade de convocar eleições gerais para o fim do verão, porque o Governo de José Luís Rodríguez Zapatero "já não pode tomar decisões de peso". Na véspera, tinha sido o diário de centro-esquerda El País a pedir ao primeiro-ministro que desistisse.
Fonte: PRESSEUROP
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