Senhor Primeiro-Ministro, estou francamente impressionado com o 'murro no estômago' de que foi vítima. Por contágio mental ou qualquer fenómeno isotérico, até a mim começou a doer-me o estômago - dois 'Omeprazol' já cá cantam.
Todavia, a dor maior, a verdadeira e sofrida dor, é a sentida por muitos e provocada por aqueles que pensam como o senhor: a eliminação do Estado na economia, a dinâmica da iniciativa privada que emerge não se sabe de onde, o empreendorismo e outras historietas serão a salvação de Portugal em crise.
Senhor primeiro-ministro, para a patologia do aparelho digestivo, encontrará certamente a terapia no gastrenterologista amigo. Para o País, das suas terapêuticas e do seu governo, tenho sérias dúvidas quanto a resultados satisfatórios. O doente vai morrer da cura, atrevo-me a dizer.
Os efeitos da acção das agências de rating e dos especuladores são graves e complexos. E só a defesa intransigente dos interesses de coesão europeia e nacional poderá tentar fazer algo para os combater. O senhor não está nessa, paciência...vamos sendo esmurrados.
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