quarta-feira, 5 de março de 2014

O PAEF e a Economia Portuguesa por Isabel Vicente do ‘Expresso’

Participação de Isabel Vicente no Jornal de Economia da SICN
Na comunicação social, e lamenta-se serem minoritários, ainda existem jornalistas de qualidade. Uma das profissionais competentes é Isabel Vicente (IV), do sector de ‘economia’ do Jornal Expresso.
A prestação desta manhã na SICN sobre o fim do PAEF (Programa de Ajuda Económica e Financeira), o comportamento dos partidos, as implícitas críticas a Barroso e análise da situação financeira e económica são dignos de registo; eis o resumo:
  • Durão Barroso defende o consenso interpartidário, no fundo o PS, PSD e CDS, e a ‘saída limpa’.
  • Isabel Vicente denuncia que, desde o início do governo, deveria ter havido esse consenso e não acredita – eu também não – que seja atingido na fase final do PAEF.
  • IV tornou claro que as condições de que a Irlanda beneficia não estão ao alcance de Portugal, mais se justificando a  opção pelo ‘programa cautelar’.
  • A jornalista denunciou que a demagogia é desaconselhável, tanto mais que a austeridade vai continuar.
  • Chamou a atenção para o facto de, após 3 anos de pesados sacrifícios a que os portugueses estiveram sujeitos, ainda há posições da ‘troika’ a exigir a continuação do corte de salários.
Ainda lhe sobrou tempo para algumas notas marginais:
  • O ministro Pires de Lima deslocou-se à Feira de Calçado de Milão, onde estivemos representados por industriais do sector – as exportações de calçado portuguesas cresceram cerca de 34% nos 5 últimos anos; o ministro Pires, cidadão exemplar, disse que estava a usar sapatos estrangeiros, uma atitude sincera, dizer a verdade, a coincidir com uma vaidade de novo rico e adversa ao interesse nacional.
  • Referiu-se à filha do presidente angolano, Isabel dos Santos; ingressara na lista da ‘Forbes’ em 2013, mas este ano subiu mais de 300 lugares (a elevada corrupção é muito compensadora, comento eu).
  • De Angola, e eu já havia lido no ‘Expresso’ não chegam boas notícias para as nossas exportações; as autoridades angolanas vão agravar bastante as tarifas aduaneiras, procurando incentivar o investimento estrangeiro por parte das empresas exportadoras (lá vão ter de ceder gratuitamente quotas de capital à princesa Isabel e a mais não sei quantos generais, acrescento eu).

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