"Estou à espera de ordens para limpar a saída" |
Há vários temas nessa situação. Todavia,
em pelo menos dois, o governo prefere o silêncio. Sim, apenas quando de todo é
impossível, trauteia vazias palavritas sobre o ‘desemprego’ e a ‘dívida pública’.
Dois desastres governamentais, difíceis de escamotear com engenharias
financeiras, como perdões fiscais de última hora e outros truques.
O problema da ‘dívida pública’ não
é apenas disfarçado; o grave agravamento dessa dívida é ostensivamente omisso,
na propaganda indecorosa de falsos sucessos de idas ao mercado – o empréstimo a
10 anos contraído pelo governo em Janeiro, à taxa de 5,1%, foi um revés e não
um êxito que o governo festejou pateticamente.
Sabemos, agora, pelo Banco de
Portugal, segundo o ‘Expresso’,
que a dívida das administrações públicas aumentou para 217.306 milhões de euros
em Janeiro, mais 3916 milhões de euros face ao valor registado em Dezembro de
2013 (213.390 milhões equivalentes 129% do PIB).
Desde de 2011, ano em que este
governo tomou posse, a dívida evoluiu de 108,3% do PIB para os tais 129% de
2013. Uma progressão que não é estancada.
A fim de nos convencermos que a ‘saída
limpa’ ou o ‘programa cautelar’ não são opções nossas ou do José
Manuel, pense-se primeiro que, com esta evolução de dívida, os alemães ainda exercerão
mais força no sentido da primeira opção, que foi a deles desde sempre – haja ou
não consenso com o PS.
Todavia, para tornar mais
complexa a recuperação da Economia Portuguesa, o que só é viável com finanças públicas
arrumadas, não causará surpresa que, dentro de algum tempo, ouvir vozes afectas
aos partidos do governo a sugerir a renegociação da dívida, por esta ser
insustentável – há que contar com a dívida externa privada que ainda é
mais alta.
A Dona Albuquerque e essa figurinha
estranha e ‘snobe’, Isabel Castelo Branco, secretária de estado das finanças,
emprestada pelo Sr. Ulrich ao governo, andam ambas de finanças às avessas.
Peçam ajuda ao Carlos Moedas que talvez arranje lhes uns trocos.
Saímos da bancarrota? Têm a
certeza. Temos é sido sugados. Sim, interesseiramente amparados, sempre é mais dócil.
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